segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Luto de luar


Luto de luar



Pingava da lua gotas prateadas,
Caia no mar, pintava as águas salgadas,
Os peixes se coloriam diferente,
A areia refletia como ouro,
As estrelas cintilavam como diamantes,
O céu já estava azul,
Parecia que todo ele estava envolvido em seda
Triste não ser aproveitado a rigor
Quando o seu corpo queima
O desespero não nos da visão para isso
Os sorrisos dos executores de tal façanha
Ecoam pelas entranhas do corpo da vitima
A fumaça põe uma nova cor a esta noite tão bela
E a beleza esconde-se para não ser queimada junto com o mendigo.
( Ninguém os quer)


(Essa não necessita cores, fiz na época que os assassinatos de mendigos em Maceió, até hoje ainda sinto um aperto no peito quando lembro que para a mídia e para as estatísticas foram somente corpos queimados)

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