quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Coragem


Coragem

Como todos, tenho medo
Medo de perde o que não tenho,
Pra ganhar o que quero,
Medo de saber o que vem depois,
Logo após tudo que espero,
Medo de ser mentira,
Tudo aquilo que venero,
Medo de que tudo que é errado,
Um dia venha a ser certo,
Medo do que vou ver
Quando estiver de olhos abertos,
Medo do que podem fazer,
Medo de um dia não temer isso,
Medo de um dia não ter mais medo.


Controle




Controle


Quando eu brincava com as palavras
Todas elas eram pequenas
Tão meigas, tão ingênuas
Agora as palavras brincam comigo
Começam a juntar-se em minha cabeça
Tomam forma e desenho
Ganham vida
Falam por elas mesmas
Vão para onde querem
Fazem o que bem entendem
No final
O poeta é espectador
Da poesia que trabalha só



( As letras estão rouge, da cor dos lábios dela hoje no entardecer)

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Antes de abrir a porta


Antes de abrir a porta


Não quero mais palavras pomposas
Não é mais preciso algo que a maioria não entenda
Quero ser simples como um olhar
Olhar a praia em dia de tempestade
O céu no crepúsculo
Coisas que todos vêem
Que poucos explicam
Mas que fazem almas queimarem de alegria
Tornando o ser humano cada vez mais passional

Não é preciso alinhar mais as palavras em rimas
Ser tão simétrico como as linhas que fazem os prédios da cidade
Elas não tem coração pulsante
Não sangram, não vivem ou vêem
O simples caminhar da vida
Entre ganhar e perder
Chorar e sorrir

Por último, quero ver aquela luz que todos dizem que tem
Aquelas que alguns chamam de razão
Que aparece para todos nós no final da vida
Aquela que cega enquanto ilumina o caminho
Espero que no final ela dê sentido a isso tudo.