terça-feira, 27 de setembro de 2016

As Mudanças em Si

Permita-me dizer
Que dentre a fluência
Da qual a vida se faz
A perenidade
É a maior estupidez
Que alguém pode levar como crença

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Pegadas

Houve um problema no meu do caminho
Dentre a poeira que meu andar deixou
Ficou o que era melhor em mim
Pequeninos pedaços da minha alma
está certo não servem para ser o que faço
Mas servem para ser o que sou
Deixei caírem por descuido
sinto falta deles e vou buscar
Não sou o que faço
Eu sou o que sou
Pegarei então esses pedaços e voltarei a ser

sábado, 10 de setembro de 2016

Lixeira

Jogo-me fora todos os dias de manhã
Em cima da cama
Entre os lençóis desarrumados
Não preciso de mim no meu dia

Jogo-me fora toda vez que lanço um sorriso
O que é de mim não serve para o mundo
O que ele precisa está na minha mochila
Nos documentos que carrego
No conhecimento métrico e prático que acumulei

Na lixeira do meu quarto tem mais de mim
Mais do que eu queria deixar
Afinal se eu sair de lá
Sem jogar fora o que eu sou
O que serei então fora
Mais um a ser morto
Melhor estar morto da porta do quarto para fora
Para dentro dela sempre estarei
Jogado

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Definindo

No luto de cada dia
Descobri a minha definição
Termino na limiar do pensamento
Começo no desenrolar da minha imaginação

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Sem percerber

Não se importe no dia
Que a saudade bater
Isso é simples de perceber
Vai deixar de acontecer algo que sempre acontecia
Entenderá que eu não digo adeus
Apenas deixo de dar "bom dia"