quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Espelho de Você


Espelho de Você

Seus olhos parecem espelhos quebrados
distorcidos, caídos e muito molhados
forte, ferido, perdido deslocado
sozinho pedindo um motivo
esquece a força desse sorriso
cantando tudo que não é preciso

Perco a vontade de olhá-los
nem você tem coragem de fazê-lo
muito menos coragem de buscar coragem
vou te ajudar, segura minha mão
feche os olhos e não abra

Sinta o vento, só o vento, mais nada
o vento que fez um vazio em seu ser
vendaval que levou as esperanças
só deixou vida velha cruel arrogância
te matou, agora irá renascer

Nasça harpia, abra os olhos
O mundo é seu sempre foi
Nunca lhe tiraram, só falavam que tiravam
Mesmo assim não conseguiu curar seus olhos
Ainda continuam quebrados

Cigana

Cigana


Não faço jus aos teus olhos
Sim, esses olhos que me desarmam
Talvez seja a hora da dança
Não, não toque esse acorde
Sim o corpo dela está em outro tom
Talvez mais meio tom, ou uma escala inteira
Não, isso lá é momento de perguntar
Sim ela fez a lua se esconder
Talvez seja o brilho de sua alma
Não, ainda não acabou
Sim, mais um gole, mais um giro, mais sorriso
Talvez seja a hora de parar de olhar o olhar dela.

(Que seja a hora de beber a essência de uma mulher como tomo uísque, com muita vontade e parcimônia  até me embriagar e ficar entorpecido)

Carnaval


Carnaval

De que adianta ser somente um , se sou vários
Varias máscaras, vários rostos, varias faces
Só para esconder uma feição
Tão triste, tão só, tão... tão
Mais um copo de cerveja
Mais uma mulher em minha cama
Seus pensamentos em outras  coisas
Enquanto nossos corpos inflamam
Um momento de amor sem amor
Um momento de caminho sem sinceridade
Me tornei fútil, vulgar, imoral
Não porque eu quis, mas porque precisei
Amar dói!
E eu não agüento
E quando você ler esta carta, meu amor,
Saberá que eu te amava,
Saberá que eu te quero,
Porém não te mereço
Então adeus, adeus, adeus... e adeus
Um beijo e até o próximo baile!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Teus braços

Teus braços

Um abraço, é um laço de cadarço
Entre corpos, com os braços
Eu, que nunca disfarço
olho em teus olhos e então caço
Uma palavra, uma desculpa, um fato
Pra não sair dos teus braços.


(Todos esses são novos, passiveis de alterações)
(Não quis colocar cor em nenhum, não foi uma escolha feita por causa dos conteúdos, mas sim por causa do que bate em meu peito, este que escreve não quer ver mais do que as palavras pretas nas folhas brancas, assim como nos documentos sem graça, nos arquivos, nos diplomas, nos livros de autoajuda, etc... em todas essas coisas sem alma)

Meu Sol

Meu Sol

Ao entardecer, sentar no colo do meu sol
Olhar por seus olhos o cotidiano da praça
Os pássaros entre as edificações
Suas luzes a colorir as nuvens
Seu sorriso a iluminar minha vida
Seus raios me fazendo cafuné
Enquanto banha a praça com sua luz
Fico imaginando o que pensa meu sol
Nos filmes que passaram?
ou somente em me iluminar
Só pra me fazer sorrir.

Desespero

Desespero


Era isso no começo
Uma pagina em branco
Sem cores, sem linhas, sem ricos, sem risos
Papel sem vida
Nada mais do que uma pagina em branco
Isso para alguns, melhor para quase todos
Pra mim, era algo mais
Era uma página em branco
Um mundo a se construir
O começo, o fim.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Melancolia


Melancolia

Escrevo, mais um dia,
Muito triste,
Só sou melancolia
Não tenho o que cantar
Só a mesma melodia
Só sei uma parte
A mesma nota repetia
Não tenho desejos, nem sonhos
Isto pra mim é regalia,
De privilegiados
Não quero o que pedia
Não preciso,... não preciso
A solidão é minha companhia
Meu lençol são as estrelas
Nas noites que dormia
Acordava
Um novo dia,
Vou falar,
Escrever melancolia.

Esperança


Esperança


Sonhos se desfazem na areia do deserto das nossas vidas,
Nos dias quentes e alucinantes, com sol sufocando as esperanças
Matando-as de pouquinho em pouquinho, na sua rotina
Ora com o calor insuportável dos dias,
Ora com o frio da noite que nossos corações trazem,
O pior frio que existe
Ele vem de dentro, do fundo, da nossa alma
E vai esfriando tudo
Nossas mãos, nossos pés, nossos olhos e nossos sorrisos
Afastando tudo
Tornando tudo mais impossível, menos viável
Na maioria das vezes é melhor se entregar
Dar ao deserto o que ele quer,
Dar tudo
Para ter certeza que só precisamos de uma coisa
Nossa vida!
Mas, espere... só isso não é o bastante
Do que valeria nossa vida
Se passássemos, toda ela
Neste deserto infeliz, que todos nos aprisionam?!!
Muitos já se deixaram levar pelas ilusões do deserto
Acreditam que é melhor aceitar a distância e aprender a viver com ela
É muito fácil aceitar tudo isso
Parece que foi feito para sempre ser assim
Porém, não é.
Sonhos não devem se desfazer na areia do deserto
Melhor não deve existir deserto
O deserto é a desculpa que todos têm para se acomodarem
Corações não conservam o calor do dia quente para a noite fria
Eles produzem calor em noites gélidas
Contudo para isso são necessários corações
Ou melhor
A fuga do deserto é nossa
Nem minha
                                                                                                  [nem sua
Nossa fogueira nas noites frias, e nosso refresco nos dias quentes.


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Depois de um adeus


Depois de um adeus

Das coisas mais banais, te peço uma só
Que esqueça meu nome, não combina com a tua voz
Nem com o nosso quarto vazio
Desleixado, esquecido ninho
Que agora, à venda está
Com a venda que nos fez cegar
A ponto de dizer:
“que a culpa é sua!”
Mas a culpa é nossa,
Mas já se foi
E agora, para afogar minhas mágoas
Beberei minhas lágrimas
Em doses indigestas
Que descem como flecha
Até grudarem os pedaços do meu coração
Que de um foi a um milhão
Eu prefiro acreditar que isto nunca aconteceu
Que você não esqueceu
Que foi tudo um pesadelo, uma simples brincadeira
E que de nenhum jeito ou maneira
Tudo que vivemos foi banal
Egoísta ou casual,
Mas não é assim que acontece hoje em dia
Que pena eu não sabia.


(Quis essa cor por ser sem graça, pois esse poema não reflete meu estado atual, sai mais como um desabafo feito antes da situação que me foi posta nos últimos meses, o abandono sempre é ruim, porém abriu meu horizonte, precisava deixar claro, bem claro para minha ex que ela não tem o direito de nem imaginar contato comigo outra vez, após abandonar e deixar somente a solidão como minha companhia, esse poema reflete isso, entretanto as coisas mudaram e vi não uma luz no fim do túnel  mas uma torrente incandescente um sol inteiro iluminando o caminho a frente)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Um Texto


Um Texto

Quando se juntam palavras
Não se sabe como irão soar
Juntadas com raiva
O grito dói e não ecoa
Aglutinadas com saudade então
Vão ser amargas e embriagantes como o álcool
Triste e sem gratidão
Porque este não é seu prol
Aglomeradas  por poder
Serão rajadas de metralhadoras
(O escritor um atirador, para cada letra uma bala verter)
Tendência essa assustadora
Pregadas com paixão
Enganam até o orador
Porque até ele é ludibriado
Por sua visão do amor

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Construindo


Construindo

Uma palavra com uma palavra
Um verso com um verso
Um tijolo com um tijolo
Constroem um poema concreto
Um poema concreto é sem nexo
Palavras não são reais
Poetas não são humanos
Palavras não enchem barriga
Não alimentam, não são pão
Não são tangíveis
Mas tornam a imagem em coisa
A coisa em imagem
Não existem dedos que saiam das folhas
Que toquem teu corpo e percorram tuas entranhas
Não há também nada de fascinante
Entre o céu e o asfalto, entre a boca e o pensamento
Entre o coração e a realidade
Um abismo
Um poço abissal
Um infinito em pedaços
Algo inexistente.

( o poema de hoje não tem explicação, nem motivos, tem só o poema)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Monologando


Monologando

Quanto tempo, o tempo passa pra perceber
Que cada dia é mais difícil de se viver?
Por que o céu não chora por acaso?
Cada dia o homem nasce e se desfaz no barro
A teoria não existe,
Mas a pratica nela consiste
Que o tempo cicatrize
Aumente e amenize.
Da realidade da minha angustia, a saudade
Não serei homem, mas sim menino com molecagem
Insensatez é qualidade, e não defeito
Tudo que se faz de errado, é dever e não direito
O céu chora por suas estrelas
Que eu não consigo vê-las
                                               [No fundo do mar
Pra quê chorar?
Se um dia um bom filho retorna ao aconchego do lar.
Se a carta não consiste no amor,
Se o choro do poeta não fosse de dor,
Pra quê rimar?!



(Saudade é algo que sente quando se tem alguém dentro do peito e longe dos braços)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Luto de luar


Luto de luar



Pingava da lua gotas prateadas,
Caia no mar, pintava as águas salgadas,
Os peixes se coloriam diferente,
A areia refletia como ouro,
As estrelas cintilavam como diamantes,
O céu já estava azul,
Parecia que todo ele estava envolvido em seda
Triste não ser aproveitado a rigor
Quando o seu corpo queima
O desespero não nos da visão para isso
Os sorrisos dos executores de tal façanha
Ecoam pelas entranhas do corpo da vitima
A fumaça põe uma nova cor a esta noite tão bela
E a beleza esconde-se para não ser queimada junto com o mendigo.
( Ninguém os quer)


(Essa não necessita cores, fiz na época que os assassinatos de mendigos em Maceió, até hoje ainda sinto um aperto no peito quando lembro que para a mídia e para as estatísticas foram somente corpos queimados)

domingo, 17 de fevereiro de 2013

O que me faz?


O que me faz?


Sem você, eu não sou eu, sou apenas resto de mim
É o que tenho a dizer, viro começo sem fim
Cacos do que um dia fui com você
Pedaços no espaço a se perder
Figuras loucas de triângulos redondos
Um absurdo comum e estranho
O fato das entranhas da vida
A comedia sem risada, a tragédia da partida

Sem você, eu não sou eu, sou apenas a saudade
Viro um poeta sem verso, uma mentira sem verdade
Um louco sem loucura, criando teorias do universo
Um monte de palavra no papel, um simples poema sem verso
A bússola sem o norte, o norte sem o sul
Um cara bem alegre cantando um velho blues

Sem você , eu não sou eu, sou só lembrança do que fui
Aquele esperançado em um dia achar a luz
Um fogo que não queima, uma espada que não corta
A força que destrói tudo, tudo, tudo o que toca
Sabedoria sem saber, ciência dos unicórnios
Porque eu só sou eu, perto dos teus olhos.

(Hoje é um dia verde, um dia de esperança)

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Bella



Bella


Vento de versos que sopram por entre as imagens oníricas
Trazem consigo tinta negra, pinta a esperança desta cor
Esconde-lhe a verdade, porque ela é difícil de achar
Por isso é tão precioso, como um sorriso
Aquele que está estampado no rosto de cada princesa
Princesa essa que mora no coração de cada mulher
Mando está carta para que ela sorria
Hoje é difícil de ver um sorriso desse jeito
Cheio de verdade, transbordando benignidade
Com amabilidade imensurável
É verdade isto, esta está em coma, em torpor
Por isso mando ventos de versos
Como pintores loucos possessos
Para pintar toda a esperança de negro
Para que toda vez que fechar os olhos
Sinta que tudo que vê, seja esperança
Preparei-a para que você tenha certeza que tudo que você ao seu redor é esperança
De que esta princesa acorde
E todos aprendam a tratá-las
Como realmente merecem ser tratadas. 

(Dedicado a quem botou o nome neste texto, uma pessoa que tem me feito sorrir e tem sido meu sol durante esses dias nublados)
(Rouge da cor dos lábios dela naquela tarde, a mais linda do ano)

Sem dizer adeus


Sem dizer adeus

Sabe o que é, minha linda
Hoje eu já não sinto mais nada,
Nada de bom  e nem de ruim
Nem vontade nem desgosto
Aquilo ou seu oposto
Isso ou qualquer outra coisa

Seus olhos minha linda já não me mostram mais nada
Nem fantasia, nem fada
Sabe, todo encanto, um dia acaba assim
Como um bloco de iceberg solto
Meio sem graça, sem arte e todo torto
Era assim que tudo acontecia

Sabe o que é minha linda, essa é minha sina
Meu eterno ponto de partida
Mesmo local do fim
O lugar do meu próprio coito
O mesmo do meu suicídio tosco
E onde eu sempre renascia.

A Árvore


A  Árvore

No meio de toda construção natural
Algo continua em pé
Sem vida, sem motivo para viver
Entretanto firme em pé
Destaca-se na verdejante vegetação
Já cinza, seca e sem vida
Toma a atenção de todos os que passam
Parece que vai cair, mas continua em pé
Mesmo sem um motivo para continuar
A velha árvore morta continua em pé
E ninguém sabe pra quê
Ou o por quê de um corpo sem vida ficar de pé

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Amargo



Amargo

Fui a força da destruição criadora
Sendo a vontade do nada ser no mundo
De poemas ardentes de paixão feito por desapaixonados
Um pouco do desespero dos suicidas conscientes
Das vontades que não cumprirão
E se por acaso decidir o amor bater em minha porta
Que ele trate de trazer uma garrafa de rum
Um litro de loucura
E a verdade de ir embora.

(Hoje não estou lá muito otimista e feliz com a vida, talvez amanhã seja dia ruim, porém o habito se faz com a prática constante, esse poema foi feito diretamente no blog, resumindo nem anotado em cadernos tenho, os dias nublados continuarão, infelizmente)

(Sem cores, porque arco-íris não aparece se o sol não está)

Tempos modernos


Tempos modernos

Cavaleiros em cavalos de ferro
Preparados para a guerra
Novos dragões usam terno
Enquanto andam na terra
Quão perto está o inverno
Onde irei dormir?!
Eles derrubaram meu teto
Penso comigo mesmo, tenho que amar mais a mim
Mas, quem sou ao certo,
Fruto desses dragões?!
Mentiram, não queriam me dar afeto
Calaram minhas canções
Os cavaleiros estavam perto
E me acertaram de cheio
Quando estava quieto
Despreocupado, sem receio
Luta incrível feto!
Queria te criar
Fruto incorreto
Que aprendeu a falar
A falar de tempos modernos.

(Como eu estava atrasado, postei poemas que equivalem por três dias, carnaval sempre atrai contratempos, mas já voltei a rotina, e estou colocando os textos para o meu sol, que já não me ilumina a alguns dias, e quase me mata de saudade)

A raiva da saudade


A raiva da saudade

Palavras composta, de vontades vivas, só pra realçar
Um choro sem lágrimas, a paixão sem alma.
Olhos desgarrados, focando flores caídas.
Saudade sentada, na cadeira ao lado
Me encara rindo só pra perguntar
Se meus olhos fogem para longe, para encontrar
Teu cheiro, teu corpo, tua presença me acalmam só com um olhar
Me perco em pensamentos, com palavras tortas, para então sonhar
Sorrio alto, debocho da saudade, para lhe irritar
Ela perde a calma,
Percorre  minh’alma,
Se perde em esperanças, e consegue encontrar
O simples motivo de me deixar calmo,
De irritar-lhe tanto, é o fato
De que você nunca me deixou só.

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A vida é lembrar momentos
Momentos lembrando momentos, que lembravam momentos
Instantes são os movimentos dos momentos em outros momentos
Para serem lembrados em outros momentos,
Pois só podemos lembrar daquilo que acabou,
Momentos não são eternos,
Se fossem eternos, não seriam instantâneos, não seriam momentos
Seriam sem graça, um riso sem sentimento
Um leitor de poemas desatento,
Que não vê que cada verso, é um movimento,
Um movimento dos momentos em outros momentos,
Formando instantes, instantes crescentes
Em linha vertical, descendente
Um paradoxo condizente com a parodia da vida momento.

Momentos tristes compostos da ascendência,
Alcançar aquilo que queríamos em outros momentos,
Sonhos que se formaram em outros instantes
E que se foram agora com a sua realização nesse instante,
Um sonho depois de realizado, deixa de ser um sonho!!!!
Porém homens que não sonham, não entendem como funcionam os instantes
A vida são instantes, que por si são momentos
A serem lembrados por quem os viveu
(em sua própria vida, ou por outras)
Assim vivemos quem não entende, não vive.

Momentos alegres, são composto da despreocupação
Despreocupação com o que os novos instantes nos reserva,
Quando a alegria enche o primeiro momento com seu júbilo,
O momento seguinte é previsível, e seu movimento é visível
O instante é claro como o céu em um dia calmo na praia
Manso como o sábio que nunca sabe o que vai acontecer
E mesmo assim não se preocupa com o que não entende
Simplesmente deixa que aconteça,
Como as margens que conduzem o rio até a sua foz.
As margens sabem que podem até tentar guiar o rio,
Mas que o rio sabe quanta força tem, e isso é incontrolável.

Assim a vida fez com que instantes transformassem momentos em outros momentos,
Momentos prendidos em memórias
Memórias em memórias, de memórias
Para serem lembradas em novos momentos
Causados por novos instantes, que causam novos momentos,
Únicos como todos os momentos que sempre existe e existirão.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Assim são as flores


Assim são as flores

Assim são as flores
Com perfumes sem odores
Com vontades e sem sonhos
Em pedaços como escombros
Se esconde no inverno
Não perfumam o inferno
Nem fazem odes a demônios
Muito menos a todos seus idôneos
Embelezam qualquer lugar
Embelezam ao se matar
Assim sempre foram as flores

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Celebrar


Celebrar

Passar os dias em copos lembrando dos mortos
É celebrar a falta de vida que há em nós
Cultuando a ausência dos presentes tortos
Não viverei como vocês, em copos mórbidos
Cheio da falta de vida
Sobrando em saudade
Não existe tempo para isso
Só existe tempo para a liberdade.
( A partir de amanhã, postarei poemas novos, que farei durante o carnaval, sobre a saudade que vou passar do meu sol, da pessoa que me iluminou durante o ultimo mês)


(Uma foto minha com meu sol)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Motivação


Motivação

Senão fossem as folhas brancas do seu coração
Poderia se dizer que este poeta seria apenas uma pobre alma
Que não teria sequer onde botar seu amor
Teria que me calar, não poderia mais falar
Afinal das contas aqui é onde falo
Onde faço o mundo acontecer
E sem meu papel não seria lá muita coisa

E se não existisse o que colocar nesta folha branca
Poderia se dizer que o poeta seria um desgraçado a gritar sem voz
Os nomes que não existem
Um louco a procura da loucura pra que possa lhe dar afago

Mas se a distância não existisse
Existiria a felicidades deste poeta em estar perto de quem ele ama
E então este poema não existiria
Porque o poeta já seria feliz
E a felicidade faz com que os poemas sejam diferentes.


(Eitcha q saudade mata um, ainda mais quem esta como estou nesses dias)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Porque voltou ao cais


Porque voltou ao cais


Não há no mundo quem não ame a liberdade
De viajar entre mundos, se perder em outros corpos
Velejar pelo oceano dos olhares
Mares revoltosos de ansiedade
Porem existe algo mais apaixonante que isto
Algo que consegue tirar o pirata do mar
Que faz com que o pescador esqueça as águas
É aquilo que dá motivo do porto existir
O mar onde navegar, é mais preciso
Desvendar é necessário
Se perder é achar
O mar do coração da mulher
Que toma para si a liberdade de quem amo o mar
No peito dela habita o sonho de todos que navegam a vida toda
Lá está o tesouro dos piratas
A liberdade de ama-la

(Azul da cor do mar)
(Fiz essa escolha hoje, por sentir que ao longe talvez, até que enfim tenha um cais seguro, para esse pirata errante e moribundo como define Florbela Espanca)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Feedback

             Aos meus poucos leitores, que acompanham esse meu blog, feito tão sem pretensão  e que acabou sendo mais lido do que eu esperava, peço humildemente que se puderem comentem, deem sugestões, criticas apontamentos, assim posso sentir o quanto eu estou atingindo, dependendo do progresso desse projeto apresentarei coisas novas e muito interessantes.

Chovendo


Chovendo

Leio a vida como leio as nuvens
De forma calma, e altivo
As pessoas não são como poemas
Feitas somente de palavras e definições
São mais parecidas como as nuvens
Passam o tempo todo vendo a mundo de longe
Sonham em salvar o mundo
Mas quem as guia, são as brisas que passam
Os amores que arrebatarem
Achando que carregam esse balão
Mas é este balão que as carrega
Porém nuvem é água
Que pode chover, cair nas terras, dar vida
Virar rio, ter força de mudar onde passa
Quem não chove assistirá os que choveram um dia.

(As nuvens estavam lindas no final da tarde de ontem, enquanto eu as via pelos olhos dela)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Busca


Busca


Tentei ouvir calmamente
O som da musica dos ventos
Tentei ler claramente
Cada verso escrito em cada grão de arei
Tentei ver incansavelmente
Cada filme que passa em cada nuvem
Tentei imaginar piamente
A batida do coração de cada árvore
Conseguir apenas uma coisa
Entender a alma do ser humano
Que se fascina com o normal
E normaliza o fascinante.

(Achei esse mais condizente com o que ela me fez sentir hoje, e parece que me fará mais disso)

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Um beijo


Um beijo


Os olhos se olham
As bocas se calam
Os braços se abraçam
E os corpos se aquecem

Palavras são desnecessárias
Olhares intrigantes
Braços indecisos
Os corpos mais pertos

Braços se perdem
Palavras, não faladas, são ditas
Olhos não necessitam ser olhados
Os corpos se satisfazem.

(essa serve como um pedido de desculpa, mesmo não tendo tanta culpa, mas tendo responsabilidade com a minha palavra, espero que ela entenda, espero que eu a veja em breve).
(Rouge da cor dos lábios dela naquela tarde tão maravilhosa)

sábado, 2 de fevereiro de 2013

A canção do poeta triste


A canção do poeta triste

Queria aprender a falar de amor
Mas a vida só me ensinou a sofrer
Queria aprender a rir
Pois chorar cansa e não faz bem
Queria aprender a sonhar
Porque para isso não é preciso pagar
Queria aprender a voar
Para conquistar o horizonte
Queria aprender a rimar
Talvez assim meus poemas tenham mais sentido
Queria aprender a dizer adeus
Por que um até logo, é um castelo de areia na praia
Queria aprender a dizer eu te amo
Mas ainda não aprendi a mentir
Queria aprender a acreditar em mentiras
Pois a verdade machuca demais
Queria aprender a cantar
Talvez assim esse poema fosse mais bonito
Queria aprender a viver
Porque para morrer não é preciso estudar
Queria aprender a acreditar em Deus
Para ter alguém em quem confiar
Queria aprender a ser alegre
Ser sarcástico, machuca até a mim  mesmo
Contudo, se não aprender nada disso
Tenho que aprender a amar
Porque amar é o resumo
O resumo da vida, o resumo de tudo.


(essa é bem antiga, mas eu particularmente gosto muito)

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Pane seca


Pane seca

força minha que se perde
perço que volte ao meu sonhar
e quando voltar que me alegre
para que eu possa cantar
versos improvisados
cantado em um acorde só
sempre, sempre jubilados
numa harmonia de dó
sinto sede de você, minha força
volta logo rapidinho
antes que a vida fique insossa
(para que eu aproveite seu gostinho)
força, força que me enfraquece
não, não volta não, que eu não preciso
teu poder me enlouquece
escondendo meu sorriso
força essa que foi embora
toda ela o meu vício
me visita outra hora
quando precisar dos teus serviços.

(só esta dessa cor, porque eu gosto de verde)