sábado, 26 de dezembro de 2015
Passos Largos
Chegando perto dos que foram além das nuvens
Logo após deixar para a trás a correria do dia a dia
Um pouco depois das 6 da tarde
Antes das 2 das manhã
Talvez às 5 da matina
Deixando cigarro e álcool no caminho
Os pedaços do coração ficaram no mar
Os pensamentos no céu
O tempo de ganhar dinheiro às 6 da tarde
Às duas da manhã os amigos que queriam só beber
Depois das 5 ficaram só meus sonhos
Eles me fazem correr todo dia
Nessa loucura
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
O que nunca deve faltar
domingo, 20 de dezembro de 2015
Plantações
Eu jogo no mundo
Dou a quem passa
De bom grado
Me desfaço, fazendo para quem vier o quer para mim
Se falta em mim
Falta em qualquer um
Então que os outros tenham
O que eu sinto falta
Assim não faltará mais
Assim podemos dar mais
A todos que vierem no futuro
Esquizofrênia
Somos nós, as palavras
Sim, nós mesmas
Através deste pedimos
Encarecidamente, que entendam
Somos vivas
Reais e viscerais
No resto só aviso
Que por mais que tentam dar o sentido que querem
Tomamos o sentido que queremos
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
Nunca Vazio
Longe dos braços
Copos semi cheios
Sorrisos transbordando
Versos voando
Notas soando
Livros
Está vivo dentro do peito
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
No me perder
Não marque hora
Venha
Somente venha
Como o sol no amanhecer
Marque a alma
Pele e pele se tocam
Mas almas se falam
Marque a alma
Que a hora nunca mais será problema
O que não ser
Fui atenção, você necessidade
Fui dedicação, você exigencia
Fui negação, você supressão
Fui me guardando, você me escondendo
Fui desistindo, você existindo
Fui distanciando, você aproximação
Fui ficando vazio, você cheia de si
Fui virando nada, você esqueceu de mim
Fui então embora
Você pediu pra não ir
Mas sabia há alguns versos
Que não seria mais amor
domingo, 6 de dezembro de 2015
Abismar
Um passo a frente
Pra o abismo, para o céu
Pra onde este passo me levar
Eu irei
Do que carrego de mágoa
Deixo no passo anterior
Levo as mãos livres
Para abraçar o que está por vir
Arrependimentos não existem
Só fazem parte do que não era pra ser
Não importa o quanto me tentem
Eu darei meu passo a frente
Com os olhos fechados
Pernas firmes
Sem pensar em recuar
Aceitando o que é e vai ser
No que sempre venho a me transformar
Em cada passo a frente que dou
sábado, 5 de dezembro de 2015
Afetação
A fonte de todo amargor
Brota do coração infame
De quem carrega o fardo
De não aprender
Que a felicidade vem de dentro
Nunca de fora do peito
Quando entender
Vai ser feliz
De qualquer maneira
domingo, 27 de setembro de 2015
Sobre as minhas estranhezas
Colocado desordenado
Mais arrumado
Do que a ordem do caos
Me faz bem
Do jeito estranho
Que a bagunça faz bem
A todos os estranhos
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
isolamentos
Sim, somos ilhas
Cada uma com seu horizonte
Seu próprio nascer e pôr do sol
Mas o mar é o mesmo
O sol também é mesmo
Sejamos então arquipélagos
sexta-feira, 10 de abril de 2015
Desci
Do céu, eu via tudo
Era lindo
Longe
Distante
Tudo lindo
As ruas
Os carros
As casas
Os corações
Os olhares
As paixões
Mas de baixo
No meio de toda a beleza
Tudo passou a não ser bonito
Só a lembrança é bela
Só a lembrança.
(Pessoal, desculpa, mas estou muito mal, sozinho, me desculpem mesmo, só me sobrou esse espaço, não posso desabafar no facebook por causa do meu emprego, motivo que eu não expresso opinião nas mídias sociais, mas aqui eu sou o que sinto, o resto do poeta, o único motivo de não me desfazer disso, tenho ficado cansado de todo mundo, do mundo todo, tenho tentado ser verdadeiro, ser honesto, ser bom e tudo que meu coração manda, mas infelizmente ele está em estado vegetativo, não sinto ele bater com grande vigor e alegria, pelo menos o pesar me traz bons textos, assim acho, não vou deixar de colocar os 365, estou quase em 100, talvez isso me dê um sensação de dever cumprido, talvez não, mas pelo menos tenho me mantido respirando para isso, só me sobrou ser poeta em um site que não é lido por ninguém, só me sobrou isso de humanidade, e é só isso dela que vou manter, para aqueles que lerem eu vou ser eu mesmo, no mais intimo no mais visceral, despido das minhas mascaras diárias, aqueles que tenho que usar para poder sobreviver, por enquanto é só isso, a solidão me aguarda, de batom vermelho, na portado meu quarto, eu vou mandar ela ir embora, pois nem pra ela eu sirvo)
sexta-feira, 3 de abril de 2015
Somente um pedido de desculpas
segunda-feira, 23 de março de 2015
Sobre os mortos
Morta após fugir do jardim
Volta ao teu tumulo cinza
Esquece de mim
Pensa que seu mal cheiro de fumaça me faz bem
Queima tuas pétalas e enxuga com teu pranto
Não procure se destruir
Procure o seu canto
O jardim de espera outra vez
Sempre esteve lá para ti
Mas se prefere ser morta em vasos
Não escolha isso para mim
sábado, 21 de março de 2015
O que odeio
O cinza
A hipocrisia
As mentiras
Falta de bom senso
Maldade
Crueldade
Quem não sabe amar
(Amar é dar a outra pessoa aquilo que mais precisamos e queremos, tendo a plena certeza de que provavelmente ela não dará de volta, mesmo assim se sentir feliz por não receber)
O que amo
Pessoas
Cores
Perfume de flores
Beijos quentes
Ideias fundamentadas
Olhos oceanicos
Abraços abissais
Respeito
Música da alma
O mar
Quem fica feliz só com meu sorriso
Que sabe me fazer feliz só em existir
Minhas sinceras desculpas
Deculpe-me, sinceramente
Não serei um amor conivente
Infelizmente não quero o resto de você
Meu coração, que é feito de amor puro
Prefere não te amar
A te ver nos restos
Morando no lixo
Sendo parte do que re faz mal
Sem problemas com adeus
Ou quebra de promessas
Foi prometido que estaria feliz com sua presença
Isso já não acontece mais
O ar que sai da sua boca é nociso aos meus pulmões
As palavras que saem da sua boca
Estouram meus tímpanos
Eles não aguentam mais descupas
Preferiam ser surdos
Me desculpe pela última vez
Não aceito que volte a se destruir
Antes de amar qualquer pessoa
Amo a mim
Antes que responda
Lembre
Somos aquilo que nos construímos
Se te constroi em algo que não edifica
Sempre cairá em prantos
Sempre será infeliz
Sempre será incompleta
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
Poeira estelar
Do pó ao pó
Do pó ao pó
Ao pó do pó
Se não fosse o amor
Entende aquela dor
Sim, aquela que o vazio tem feito
Cheia das dúvidas que foram um dia certezas
Ela consome o coração, devora a alma
E o amor, sim, este motor que trazia a vida
Se torna o monstro consumidor