A vida da bússola quebrada.
Clareando idéias, exposta
em palavras
Juntas pela vontade de
quem queria se expressar.
Sonhava que um dia, tudo
aquilo que escrevera
Fosse esquecido,
escondido, guardado.
Ao mesmo tempo que
pensava:
“Que idiotice, se escrevo
é para que leiam.
Se me expresso é para que
não me entendam.
Por isso vivemos para um
dia morrer,
Então que graça teria a
morte
Se a vida não fosse
escrita,
Para quê ela seria
escrita,
Se não fosse para um dia
poder ser lida.”
Seus pensamentos se
confundiam,
Sua mente o guiava,sua
vontade vira a luz dessa jornada,
No caminho muito estreito,
Entre a loucura e a razão,
dentro de sua própria mente
Em seu próprio deserto da
solidão,
Cada dia era mais sensato,
Cada noite era mais
insana,
Cada momento um estado
Que brincava de nirvana,
As idéias não clareavam, a
mente começava a pensar
Que aquilo que ela
procurava
Nunca ia encontrar
Botava a culpa em qualquer
coisa
Para com a culpa não lhe
dar, numa felicidade falsa
Que não era feliz, e nem
com ela parecia.
Ela ria de si próprio por
pensar tanta besteira,
Sabia que era nobre, não
conter tanta nobreza,
Só colher sabedoria e
tentar compartilhar
Como se fossem memórias
vivas,
Incorporadas no jantar,
Concluiu então da maneira
mais simples:
“Escrevemos para ser
eternos,
Vivemos para morrer,
Eternidade é viver para
sempre,
Não nunca poder morrer,
Porque quem escreve a
própria vida sabe,
Que é besteira ter medo de
morrer,
Fazendo tudo que nos
agrada,
E nos agradando do que
fazemos,
Torna a vida consumada, no
dia em que morreremos,
Quando a escrevemos,
deixamo-nos vivos como anjos,
Para àqueles que ainda
ficaram.”
Foi assim que ele concluiu
que deveria viver escrevendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário